Friday, September 23, 2005

Leitura do céu



Leitura do céu

A observação a olho nu

Para o nosso primeiro contato com o Universo, devemos procurar locais livres de obstáculos que nos impedem de observar o céu em toda sua amplitude, de um lado ao outro do horizonte. Longe das luzes ofuscantes das cidades, o que só pode­mos obter nas fazendas ou acampamentos afastados dos grandes centros urbanos, nas noites límpidas, sem Lua e sem nebulosidade, poderemos assistir a um dos espetáculos mais indescritíveis: toda a abóbada celeste estrelada.

A beleza do céu estrelado nos produz uma profunda emoção. Simultaneamente somos possuídos por um enorme sentimento de incapacidade para compreendê-la. Julgamos que são necessários conhecimentos fora do comum, grande inteligência e um instrumento possante para conseguir decifrar o céu, ou seja, saber o nome de cada constelação e de suas respectivas estrelas. Mas tudo é possível mesmo com a vista desarmada, ou com instrumentos modestos, uma carta celeste e um pouco de paciência.

O principal será saber usar a visão, o mais importante instrumento de um iniciante nos mistérios do Cosmo. O olho humano é o instrumento ótico que melhor se adapta, automaticamente, às mais diferentes circunstâncias. Os defeitos da visão, como a miopia, hipermetropia e astigmatismo, quando corrigidos convenientemente por óculos de graduação certa, não constituem um obstáculo. Na obscuridade, a sensibilidade do olho pode se tornar 200 mil vezes superior à visão em pleno dia, à luz do Sol, graças ao aumento do diâmetro da pupila e sobretudo à formação da púrpura retiniana, substância vermelha fotossensível, que se forma na obscuridade. Assim, é preciso um intervalo de quase uma hora no escuro, para se beneficiar inteiramente desta vantagem. Um intervalo de 15 minutos é o mínimo para que se inicie qualquer observação, seja a olho nu ou com o melhor e mais possante telescópio. No caso de incidências periódicas de luzes, o processo de adaptação da retina começará a sofrer retardamentos que poderão prejudicar a readaptação ao escuro. Nas cidades com grande movimento, este fator é o mais sério. Convém evitá-lo protegendo-se o olho das luzes mais próximas. A difusão das luzes das cidades na atmosfera fará com%

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