Sunday, April 26, 2009

Lembro ainda

Lembro ainda
Não faz muito tempo
Ou quem sabe só sonhe
Não importa se real ou sonho
Ainda esta em mim teu carmim
E te vejo:
Nua, de pé, solto o cabelo às costas,
Sorri. Na alcova perfumada e quente,
Pela janela, como um rio enorme
De áureas ondas tranqüilas e impalpáveis
Profusamente a luz do meio-dia
Entra e se espalha palpitante e viva.
Entra, parte-se em feixes rutilantes,
Aviva as cores das tapeçarias,
Doura os espelhos e os cristais inflama.
Depois, tremendo, como a arfar, desliz
Pelo chão, desenrola-se, e, mais leve,
Como uma vaga preguiçosa e lenta,
Vem lhe beijar a pequenina ponta
Do pequenino pé macio e branco.
Sobe... -- e que volta sensual descreve
Para abranger todo o quadril! -- prossegue,
Lambe-lhe o ventre, abraça-lhe a cintura,
Morde-lhe os bicos túmidos dos seios,
Corre-lhe a espádua, espia-lhe o recôncavo
Da axila, acende-lhe o coral da boca,
E antes de se ir perder na escura noite,
Na densa noite dos cabelos negros,
Pára confusa, a palpitar, diante
Da luz mais bela dos seus grandes olhos.

E aos mornos beijos, às carícias ternas
Da luz, cerrando levemente os cílios,
Satânia os lábios úmidos encurva,
E da boca na púrpura sangrenta
Abre um curto sorriso de volúpia...
Corre-lhe à flor da pele um calafrio;
Todo o seu sangue, alvoroçado, o curso
Apressa; e os olhos, pela fenda estreita
as abaixadas pálpebras radiando,
Turvos, quebrados, lânguidos, contemplam,
Fitos no vácuo, uma visão querida...

Talvez ante eles, cintilando ao vivo
Fogo do ocaso, o mar se desenrole:
Tingem-se as águas de um rubor de sangue,
Uma canoa passa... Ao largo oscilam
mastros enormes, sacudindo as flâmulas...
E, alva e sonora, a murmurar, a espuma
Pelas areias, se insinua, o limo
Dos grosseiros cascalhos prateando...

Talvez ante eles, rígidas e imóveis,
Vicem, abrindo os leques, as palmeiras:
Calma em tudo. Nem serpe sorrateira
Silva, nem ave inquieta agita as asas.
E a terra dorme num torpor, debaixo
De um céu de bronze que a comprime e estreita...

Talvez as noites tropicais se estendam
Ante eles: infinito firmamento,
Milhões de estrelas sobre as crespas águas
De torrentes caudais, que, esbravejando,
Entre altas serras surdamente rolam...
Ou talvez, em países apartados,
Fitem seus olhos uma cena antiga:
Tarde de outono. Uma tristeza imensa
Por tudo. A um lado, à sombra deleitosa
Das tamareiras, meio adormecido,
Fuma um árabe. A fonte rumoreja
Perto. À cabeça o cântaro repleto,
Com as mãos morenas suspendendo a saia,
Uma mulher afasta-se, cantando...
E o árabe dorme numa densa nuvem
De fumo... E o canto perde-se à distância...
E a noite chega, tépida e estrelada...

Certo, bem doce deve ser a cena
Que os seus olhos extáticos ao longe,
Turvos, quebrados, lânguidos, contemplam.
Há pela alcova, entanto, um murmúrio
De vozes. A princípio é um sopro escasso,
Um sussurrar baixinho... Aumenta logo:
É uma prece, um clamor, um coro imenso
De ardentes vozes, de convulsos gritos.
É a voz da Carne, é a voz da Mocidade,
-- Canto vivo de força e de beleza,
Que sobe desse corpo iluminado...

Dizem os braços: "-- Quando o instante doce
Há de chegar, em que a pressão ansiosa
Destes laços de músculos sadios,
Um corpo amado vibrará de gozo? --"

E os seios dizem: "-- Que sedentos lábios,
Que ávidos lábios sorverão o vinho
Rubro, que temos nestas cheias taças?
Para essa boca que esperamos, pulsa
Nestas carnes o sangue, enche estas veias,
E entesa e apruma estes rosados bicos... --"

E a boca: "-- Eu tenho nesta fina concha
Pérolas níveas do mais alto preço,
E corais mais brilhantes e mais puros
Que a rubra selva que de um tírio manto
Cobre o fundo dos mares da Abissínia...
Ardo e suspiro! Como o dia tarda
Em que meus lábios possam ser beijados,
Mais que beijados: possam ser mordidos!--"

Mas, quando, enfim, das regiões descendo
Que, errante, em sonhos percorreu, Satânia
Olha-se, e vê-se nua e, estremecendo,
Veste-se, e aos olhos ávidos do dia
Vela os encantos, -- essa voz declina
Lenta, abafada, trêmula...

Um barulho
De linhos frescos, de brilhantes sedas
Amarrotadas pelas mãos nervosas,
Enche a alcova, derrama-se nos ares...
E, sob as roupas que a sufocam, inda
Por largo tempo, a soluçar se escuta
Num longo choro a entrecortada queixa
Das deslumbrantes carnes escondidas...



Minha eterna amada
Minha paixao asolapada
Inquisidora do meu
pobre coração; No teu
ser eu me perco
fico cego e so penso
em ti; es tu o meu cerco
o meu calcanhar de aquiles
Es minha fraqueza
E a minha fortaleza
Sempre que tou perto de ti
Sinto algo que nunca senti
Quando te afastas apenas o nada
eu sinto Es o meu amor
o meu ardor
Es tu e só o teu ser
Que me dá tudo
Para viver
Contigo sou tudo
Sem ti sou nada

Tão perigoso e insensato
e sublime na verdade.
Delito qual não se realiza sonzinho
e vai se construindo devagarinho.
Se mantem de pequenezas
e possamos fazer dele uma grandeza.`
É ter esperança...
muito além de uma criança.
Progridi o ódio passageiro no coração
e mima sua beleza com um perdão.
Acreditar sempre nele...
porque é o apelo de todas as respostas,
que ele próprio oculta suas perguntas
e formula suas propostas.
É ter o que amar...
e ter o que esperar... haaa o amor!!!

Alento de um sonhador

A atmosfera que te envolve,
atinge tais atmosferas,
que transforma muitas coisas
que te concerne ou cercam.


E, como as coisas, palavras...
impossíveis de poema:
exemplo à palavra conta
e até este poema senti.


É certo que tua pessoa
não me faz dormir, desperta,
desperto para um sonho e,
em sonho sempre a ti vejo


Sempre debruçada na seda
onde vejo tua silhueta,
e da fresta, a pálida lua
ilumina tua pele nua...


Não há contraste, tua pele
entre a prata luz do luar
e tua macia carne nua,
equilíbrio de cor e sedução.


É certo que a superfície
de tua pessoa externa
de tua pele e de tudo
isso que em si tateia.


Nada tem da superfície
luxuosa, falsa, acadêmica,
de uma superfície quando
se diz que ela é “uma seda”


Não é a ternura da pele
a doçura de teus lábios
que a perpetrar diferente,
mas a veracidade do ser


Mas em ti, em algum ponto,
talvez fora de ti mesma
talvez mesmo no ambiente
que ilumina quando chegas


Tua sedução dominante,
abraça o meu carente ser .
Descortina horizontes.
Faz-me grato tua existência.



Capítulo II



Esqueço métrica e rima
sigo o que instinto ensina
pra dizer de um sonho
Que foi real suponho...

Frente à multidão, eu só
e confuso braço agitado
deixei cair a mão
que repousou macia
entre tua macias pernas,
que desapercebida vinha,.
A confusão me entonteceu,
Devia desculpas,
pelo feliz desatino
não me desculpei
Acordado sonhei...
a maciez tua em mim
mesmo por acidente
pude sentir a intimidade
mesmo sem maldade
como desejei fosses minha.
De repente saio da realidade
para o sonho de tesão
volto-me, puxo-a, beijo-te
e sou beijado, um forte abraço
tua boca encontra a minha
teu corpo junto ao meu

loucura de desejo.
Em seguida logo vejo
você que elegante se afasta
só trombou em mim
e o desejo e sentimentos
foram somente meus.
Tardiamente, perdão senhora...
mas se assim procedo
É que só agora te conheço
mas a muito te espero
serás o beijo melhor de minha vida,
ou talvez o pior... Glória e tormento,
contigo à luz do firmamento subi,
contigo fui pela infernal descida
e do teu susto amargo me alimento
beijo extremo, meu prêmio, meu castigo
batismo e extrema-unção, naquele instante
por feliz eu não morri de castigo
incidente bendito e anseio delirante
perpetua saudade de instante.



Capítulo III



Pedi pra dizer de meus sentimentos
falar de tua importância e anseio,
permitisse ao poeta afoitar
ousadia de poeta é amar


Eu te amo
Antes e depois de todos os acontecimentos.
Na profunda imensidão do vazio
e a cada lágrima dos meus pensamentos.


Eu te amo
em todos os ventos que cantam,
em todas as sombras que choram,
na extensão infinita dos campos,
até a região onde os silêncios moram.


Eu te amo
em todas as transformações da vida
em todos os caminhos do medo,
na angústia da vontade perdida
e na dor que se veste em segredo.


Eu te amo
em tudo que estás presente
no olhar dos astros que te alcançar
e em tudo que ainda estás ausente.


Eu te amo
desde a criação das águas,
desde a idéia do fogo
e antes do primeiro riso.
Eu te amo perdidamente
desde a grande nebulosa
amo-te faz tempo, desde agora.



Capítulo IV
Galope do sonhador



Ao olhar mostras a singeleza,
fortaleza sutil e mansa
que debela minha alma.
Açoita meus desejos de macho
égua me conduz a galopes
agarro tuas transas crinas
e tuas ancas em açoites.
Assim, atira-me no abismo,
caio de tua garupa.
A letargia que reprimi
fortalece e conflita
fortalece o homem
e conflita espera.




Capítulo V
Alento do Sonhador
Wine Schneider

Capítulo I
Inspiração Inicial



A atmosfera que te envolve,
atinge tais atmosferas,
que transforma muitas coisas
que te concerne ou cercam.


E, como as coisas, palavras...
impossíveis de poema:
exemplo à palavra conta
e até este poema senti.


É certo que tua pessoa
não me faz dormir, desperta,
desperto para um sonho e,
em sonho sempre a ti vejo


Sempre debruçada na seda
onde vejo tua silhueta,
e da fresta, a pálida lua
ilumina tua pele nua...


Não há contraste, tua pele
entre a prata luz do luar
e tua macia carne nua,
equilíbrio de cor e sedução.


É certo que a superfície
de tua pessoa externa
de tua pele e de tudo
isso que em si tateia.


Nada tem da superfície
luxuosa, falsa, acadêmica,
de uma superfície quando
se diz que ela é “uma seda”


Não é a ternura da pele
a doçura de teus lábios
que a perpetrar diferente,
mas a veracidade do ser


Mas em ti, em algum ponto,
talvez fora de ti mesma
talvez mesmo no ambiente
que ilumina quando chegas


Tua sedução dominante,
abraça o meu carente ser .
Descortina horizontes.
Faz-me grato tua existência.



Capítulo II



Esqueço métrica e rima
sigo o que instinto ensina
pra dizer de um sonho
Que foi real suponho...

Frente à multidão, eu só
e confuso braço agitado
deixei cair a mão
que repousou macia
entre tua macias pernas,
que desapercebida vinha,.
A confusão me entonteceu,
Devia desculpas,
pelo feliz desatino
não me desculpei
Acordado sonhei...
a maciez tua em mim
mesmo por acidente
pude sentir a intimidade
mesmo sem maldade
como desejei fosses minha.
De repente saio da realidade
para o sonho de tesão
volto-me, puxo-a, beijo-te
e sou beijado, um forte abraço
tua boca encontra a minha
teu corpo junto ao meu

loucura de desejo.
Em seguida logo vejo
você que elegante se afasta
só trombou em mim
e o desejo e sentimentos
foram somente meus.
Tardiamente, perdão senhora...
mas se assim procedo
É que só agora te conheço
mas a muito te espero
serás o beijo melhor de minha vida,
ou talvez o pior... Glória e tormento,
contigo à luz do firmamento subi,
contigo fui pela infernal descida
e do teu susto amargo me alimento
beijo extremo, meu prêmio, meu castigo
batismo e extrema-unção, naquele instante
por feliz eu não morri de castigo
incidente bendito e anseio delirante
perpetua saudade de instante.



Capítulo III



Pedi pra dizer de meus sentimentos
falar de tua importância e anseio,
permitisse ao poeta afoitar
ousadia de poeta é amar


Eu te amo
antes e depois de todos os acontecimentos.
Na profunda imensidão do vazio
e a cada lágrima dos meus pensamentos.


Eu te amo
em todos os ventos que cantam,
em todas as sombras que choram,
na extensão infinita dos campos,
até a região onde os silêncios moram.


Eu te amo
em todas as transformações da vida
em todos os caminhos do medo,
na angústia da vontade perdida
e na dor que se veste em segredo.


Eu te amo
em tudo que estás presente
no olhar dos astros que te alcançar
e em tudo que ainda estás ausente.


Eu te amo
desde a criação das águas,
desde a idéia do fogo
e antes do primeiro riso.
Eu te amo perdidamente
desde a grande nebulosa
amo-te faz tempo, desde agora.



Capítulo IV
Galope do sonhador



Ao olhar mostras a singeleza,
fortaleza sutil e mansa
que debela minha alma.
Açoita meus desejos de macho
égua me conduz a galopes
agarro tuas transas crinas
e tuas ancas em açoites.
Assim, atira-me no abismo,
caio de tua garupa.
A letargia que reprimi
fortalece e conflita
fortalece o homem
e conflita espera.




Capítulo V
Crime e castigo de um sonhador



Escuta-me e assim saberás,
o que o amor exprime,
e ao meu desejo clama.
Amo-te e tocar-te é crime,
se não por ação,
mas por aspiração.
Sou criminoso.
És vítima indefesa
de um potencial criminoso,
por mais que tenha remorso
deixar o crime não posso.
Quanto mais te vejo
maior é o meu crime,
mais ardente meu desejo.
Desejo consumir teus beijos,
deitar minha mão sobre teus seios,
fazer-te minha,
entrar nas tuas entranhas....
....................................................
Tua ausência, meu castigo.
Perdoa meu delito,
aquieta-me no teu colo,
deixa que meu coração repouse
junto a teu peito.
Assusta o temor que me aniquila
sufoca minha boca
com tua boca.
Como castigo, mate-me,
mate-me de prazer
antes que eu morra de desejo.











Analogia


Meu doce, mel
Ricamente embrulhado
(elegante vestis).
Papel alumínio revestimento interno.
(Lingerie intima e transparente).
Visão de agradável estima
Faz salivar, abundante enzima.
Desembrulho cuidadosamente
(Tiro lhe as vestis).
Deixo a mostra à cobertura de chocolate.
Tua pele banco,
(chocolate lacta).
A auréola rosada de teu peito
Chocolate ao leite.
Tua calcinha acetinada
Ultima invólucro.
Amostra um bombom
Recheado de passa e leite de moça
Do recheio um néctar
A forma do bombom, majestosa, impar.
Mordo gentil e maliciosamente
Beijo tua boca
Lá o sabor com emoção
Dentro na camada mais profunda
Encontro mel e creme goiaba.
Tua gruta, a casa de chocolate
Maria de Joãozinho
E eu, Joãozinho de Maria.
O fadário a impossibilidade instantânea
Mas com Joãozinho e Maria
Venceremos a bruxa.
Água meus netinhos.
Azeite, senhora velha.









Cobrirás minha face de rosas,
Enquanto meu corpo ainda cálido
Com ansiedade e sofreguidão
Esperam fechar o esquife
Retalharão minhas atitudes,
E no inventario de nefasto
Justiçarão meus atos
Palhaços hipócritas
Esquecidos da própria sorte
Piedosos infames
Esquecem de reverenciar
para em conforto próprio
exaltar minha partida.









O amor que arde em chama,
ardendo chama; ..................
a inquietude da insegurança
afugento o sono,
alonga a madrugada
onde estais que não vejo
vem mata meu desejo
antes que o desejo me mate....







Analogia


Meu doce, mel
Ricamente embrulhado
(elegante vestis).
Papel alumínio revestimento interno.
(Lingerie intima e transparente).
Visão de agradável estima
Faz salivar, abundante enzima.
Desembrulho cuidadosamente
(Tiro lhe as vestis).
Deixo a mostra à cobertura de chocolate.
Tua pele banco,
(chocolate lacta).
A auréola rosada de teu peito
Chocolate ao leite.
Tua calcinha acetinada
Ultima invólucro.
Amostra um bombom
Recheado de passa e leite de moça
Do recheio um néctar
A forma do bombom, majestosa, impar.
Mordo gentil e maliciosamente
Beijo tua boca
Lá o sabor com emoção
Dentro na camada mais profunda
Encontro mel e creme goiaba.
Tua gruta, a casa de chocolate
Maria de Joãozinho
E eu, Joãozinho de Maria.
O fadário a impossibilidade instantânea
Mas com Joãozinho e Maria
Venceremos a bruxa.
Água meus netinhos.
Azeite, senhora velha.









Cobrirás minha face de rosas,
Enquanto meu corpo ainda cálido
Com ansiedade e sofreguidão
Esperam fechar o esquife
Retalharão minhas atitudes,
E no inventario de nefasto
Justiçarão meus atos
Palhaços hipócritas
Esquecidos da própria sorte
Piedosos infames
Esquecem de reverenciar
para em conforto próprio
exaltar minha partida.









O amor que arde em chama,
ardendo chama; .............
Na inquietude da insegurança
afugentando o sono,
entanto a longa madrugada
cutiva os medos...
E tu onde estais que não vejo
vem e mata meu desejo
antes que o desejo me mate....

OS TEUS DESEJOS

É o equilíbrio do teu corpo
A beleza da tua suavidade
Os teus desejos,

A inocência da tua maldade
Que me despertam.
Tu és o símbolo do efêmero

Meu amor.
Pelas convenções sociais
Não és minha.

Não posso te-la
Deram-te a outro
E eu a outra

E eu, monstro.
De lascívia e prazer
Transformei-te noutro ser
Só para minha satisfação.

Não posso, não devo
Continuar o feitiço
Que te lancei.

Tu e eu somos casos especiais
Que procuramos Deus
Nos braços um do outro.



TU FAZES-ME SOFRER TANTO



Tu fazes-me sofrer tanto
Que eu próprio me espanto
Da capacidade de amar.

Nestas dunas batidas pelo vento
Te possuí mil vezes.


Aqui
Te imaginei barco e espuma navegando
A fúria deste mar que todo sou eu.

Aqui
Também tu foste mar, corpo e céu
Confluência de luxuria e prazer.


Aqui
Te largo e abandono desesperado
Cortando as amarras que nos uniram.

Vai.
Foge para longe do pensamento
Não quero mais viver este momento
Contigo não consigo.

Foram demasiados belos os momentos,
Surpresas raras, sonhos impossíveis
Que tu me ofereceste.

E tudo isso que me deste

Fala baixinho

Fala baixo, podem escutar,
Geme e xinga baixinho,
Pra não acordar o vizinho.
Cuidado, a cama está rangendo.
E deste jeito, gemendo,
Vai correr amanhã o boato
Que tu praticaste um ato
Eivado de desacato
À moralidade e ao Direito,
Aos bons costumes e ao respeito.

E a vizinha, com inveja
Da tua simples liberdade
Que ela não consegue ter,
Vai espalhar no condomínio
Que és um ser sem domínio,
Predestinada a morrer,
Que és uma gata perdida,
Por certo ganhas a vida,
Vendendo aos homens prazer,

Não vai ela entender nunca,
No vai e vem da sua vida.
Que a sua vida não é vida,
É obrigação de ser
Qualificada de esposa,
E neste estado ela não ousa
Amar e sentir prazer,
Pois, pela Religião,
Prazer é coisa do Cão,
É coisa pra não se ter,
Prazer é pecado mortal,
O prazer fere a moral,
E as virtudes do "Alto Ser".

A pobre vizinha escuta
Todos os dias no rádio
Que sentir prazer é pra puta,
Que esposa é mulher "séria"
É a féria com que sustenta
Sua vida e de seus rebentos,
Por certo não advém
de estar à disposição
De um homem que a sustém.

O sistema incutiu nela
Que a que está à disposição
De um só pelo seu tostão
Tem o "status" de esposa,
Não se iguala à mariposa,
Que troca o parceiro João
Pelo José ou o Romão,
Desde que lhe pague o pão.

Aprende, vizinha amiga,
Que a tua condição é a mesma,
Tendo até mais privilégio
A outra que está na zona,
Pois esta não tem quem tome
Dela satisfação,
Trabalha o dia que quer,
Ela é bem mais mulher
Na sua situação,
Que uma "esposa" qualquer
Debaixo de repressão.

Mulher companheira, amiga,
O que é o Casamento,
Se não ver teu sentimento
Menosprezado até o ponto
De transformá-lo em documento
Com efeito de sacramento?
Atenta pra encenação
desta imbecil instituição,
Que te põe na posição
De prostituta em ação,
Porém, como já falamos,
Em condições bem piores
Por não teres opção
De entregar teu sentimento
Pra quem ditar teu coração.

Este é o jogo do Sistema
No papel que dá à mulher,
Ou ela é Puta de Arena
Ou Puta de um só José.

Disseste que gostou do poema

Adorei quando disseste que gostou do poema
Eu gostaria de te fazer um poema de rima rica
Que tivesse como tema um amor livre e puro
Embora tenho escrito um poema de amor luz
Quando é fascinação que nos surpreende
De ruidoso sarau entre festejos;
Quando luzes, calor, orquestra e flores
Que embelezada e solta em tal ambiente
No que ouve, e no que vê prazer alcança!
Simpáticas feições, cintura breve,
Tu Mônica postura, porte airosa,
Porem na tão ansiosa que eu pela oportunidade.
darei uma rosa
Ainda es uma flor bela e esperança
Mão es um plena mulher de vigor
Estais ainda crescendo quase uma criança
Mas teu espírito de mulher domina minha existência

Instante mágico

A minha dor serenou
Em um minuto mágico
Ao ver teus a me fitar
Uma faísca de luz fulgura
Teus olhos acendem
Abrindo uma fenda
Que me conduz a tu alma.
Angelical de divina beleza
Instante de magia
Poesia sem palavras
Gestos que rimam
Olhos que falam
Clima que acaricia
Num instante de magia
O vento sopa teus cabelos
Caído sobre os ombros
Que iniciam um suave bailado
A luz filtrada entre eles
Só aumenta a sua luz
Em concordância de beleza
Acrescentamento da luminosidade
Teu rosto acende mais...
Um sorriso lente abrisse
A luz que emanou de teu sorriso
Iluminou minha alma
Como um fluido de pujança
Percorreu meu corpo
Substituiu meu sangue
Acelerou meu coração
Invadiu meu espírito
Trouxe-me a vontade de viver
A pouco perdida ou esquecida
Momento de inesquecível agrado
Palavras não tem a eloqüência
Para noticiar o que dizem teus olhos

teu olhar

O que dizem teus olhos

O teu olhar
Fala-me de solidão
Em certos instantes.
O teu olhar
Fala-me de saudade
E de doçura.
O teu olhar
Fala-me de desejo
E de quentura.
O teu olhar,
Caminhante em mim

amor virtual

Amo-te mais que a uma filha,
Não te proíbo, ou censuro
Mais a uma esposa não brigo
Que a uma namorada não tenho ciúme
Sou teu amigo é um amor diferente

O amor à distância,
Que não se aproxima,
Não toca, não envolve,
Revestindo-se de fantasias
E de idealização.
O objeto desse amor é o ser perfeito,
Detentor de todas as boas qualidades
E sem máculas.
O amor entre amigos
.

O TEMPO

Aqui onde a vida demora posar
E tudo passa devagar bem devagar
Onde as tardes são mornas
Estancando o tempo que pega no tranco
E os dias são longos intermináveis
Porem quando penso no passado
Percebo com foram curto os anos
Parece foi ontem era criança
Mas faz muito não te vejo
Ontem, faz uma eternidade.
De ontem a hoje de saudade
Faz uma eternidade
Isso e tempo pura conversão