Tuesday, October 18, 2005

A magia do valado

Matriz de são José em Chã Grande região serrana de Pernambuco à mais ou menos 600 mts. Acima do nível do mar, cidade pequeno de habitantes simpáticos, mulheres belas e jovens e maioria na população; lá esta localizado o sitio Valado das Palmeira, local inspirador a poesia, onde escrevi os trabalho que publiquei e mantenho ao originais em bancos digital


Apresento-me
Sou um velho nascido em 22 de janeiro de 1947,
Assim, saibam que sou da primeira metade do século passado,
Sonhador, que cansado repouso na saudade.
Quando com medo tenho coragem na vontade
Á vida sempre me foi vaporosa
Mãe fraterna gentil e bondosa
Sempre acreditei num tema de viola
Que ate hoje comigo bole
Ávida só e dura
Pra quem é mole...





Eu e o cavalo Castelo

Não recordo a data que recebi com presente de um amigo José Rodrigues, o cavalo que demos o nome de Castelo, e, presenteei a minha neta Kaka, por circunstancia além de minha vontade tive que vender ( o tempo passa inexoravelmente e castelo envelheceu), Estamos no sitio Morro alto em Pombos, dias antes de mudar para o Valado das Palmeiras.



Eu te amo
antes e depois de todos os acontecimentos.
Na profunda imensidão do vazio
e a cada lágrima dos meus pensamentos.


Eu te amo
em todos os ventos que cantam,
em todas as sombras que choram,
na extensão infinita dos campos,
até a região onde os silêncios moram.


Eu te amo
em todas as transformações da vida
em todos os caminhos do medo,
na angústia da vontade perdida
e na dor que se veste em segredo.


Eu te amo
em tudo que estás presente
no olhar dos astros que te alcançar
e em tudo que ainda estás ausente.


Eu te amo
desde a criação das águas,
desde a idéia do fogo
e antes do primeiro riso.
Eu te amo perdidamente
desde a grande nebulosa
amo-te faz tempo, desde agora.



Ao olhar mostras a singeleza,
fortaleza sutil e mansa
que debela minha alma.
Açoita meus desejos de macho
égua me conduz a galopes
agarro tuas transas crinas
e tuas ancas em açoites.
Assim, atira-me no abismo,
caio de tua garupa.
A letargia que reprimi
fortalece e conflita
fortalece o homem
e conflita espera.



Jardim do Valado




No jardim do valado
As cores inspiram poema
Tendo a saudade por tema
Sou príncipe valente
Estabanado com Dom Quixote
Subjugo oponente que não tive
Venço todas as batalhas que perdi
Pois no alpendre do valado
O presente troca lugar com passado
O não ter com o ter.
Inspiração vence a transpiração
O sonho a saudade
E quando o horizonte pare a lua
No outro extremo o sol se deita
Uma onda de luz cromada
A verdidão das colinas
Terra de aurora
Pois te cerca e me cerca
A aurora com suas coisas:
E são coisas da aurora
A estrela matutina
A nascedoura Vênus
E sob o azul prateado
O som do boi mugindo
Fervoroso no curral
O relincho do cavalo
Sobre as ancas da égua
A aurora é coisa do poeta
E o sonho no valado é coisa minha



Seu dia raia, suas dores semente...
Você achado palavras plantadas
Quando elas já não as sentem.
Ela acorda, cordas.
Ela leva o tempo dela e não sente
Hoje é planta ontem uma semente......




No valado onde o roseiral,
Aviltar-se o aroma das rosas
Invadem a quietude d’alma
Conduzindo-nos a levidão do ser

Lembranças.

Lembro ainda
Não faz muito tempo
Ou quem sabe só sonhe
Não importa se real ou sonho
Ainda esta em mim teu carmim
E te vejo:



Nua, de pé, solto o cabelo às costas,
Sorri. Na alcova perfumada e quente,
Pela janela, como um rio enorme
De áureas ondas tranqüilas e impalpáveis
Profusamente a luz do meio-dia
Entra e se espalha palpitante e viva.
Entra, parte-se em feixes rutilantes,
Aviva as cores das tapeçarias,
Doura os espelhos e os cristais inflama.
Depois, tremendo, como a arfar, desliz
Pelo chão, desenrola-se, e, mais leve,
Como uma vaga preguiçosa e lenta,
Vem lhe beijar a pequenina ponta
Do pequenino pé macio e branco.
Sobe... -- e que volta sensual descreve
Para abranger todo o quadril! -- prossegue,
Lambe-lhe o ventre, abraça-lhe a cintura,
Morde-lhe os bicos túmidos dos seios,
Corre-lhe a espádua, espia-lhe o recôncavo
Da axila, acende-lhe o coral da boca,
E antes de se ir perder na escura noite,
Na densa noite dos cabelos negros,
Pára confusa, a palpitar, diante
Da luz mais bela dos seus grandes olhos.

E aos mornos beijos, às carícias ternas
Da luz, cerrando levemente os cílios,
Satânia os lábios úmidos encurva,
E da boca na púrpura sangrenta
Abre um curto sorriso de volúpia...
Corre-lhe à flor da pele um calafrio;
Todo o seu sangue, alvoroçado, o curso
Apressa; e os olhos, pela fenda estreita
as abaixadas pálpebras radiando,
Turvos, quebrados, lânguidos, contemplam,
Fitos no vácuo, uma visão querida...

Talvez ante eles, cintilando ao vivo
Fogo do ocaso, o mar se desenrole:
Tingem-se as águas de um rubor de sangue,
Uma canoa passa... Ao largo oscilam
mastros enormes, sacudindo as flâmulas...
E, alva e sonora, a murmurar, a espuma
Pelas areias, se insinua, o limo
Dos grosseiros cascalhos prateando...

Talvez ante eles, rígidas e imóveis,
Vicem, abrindo os leques, as palmeiras:
Calma em tudo. Nem serpe sorrateira
Silva, nem ave inquieta agita as asas.
E a terra dorme num torpor, debaixo
De um céu de bronze que a comprime e estreita...

Talvez as noites tropicais se estendam
Ante eles: infinito firmamento,
Milhões de estrelas sobre as crespas águas
De torrentes caudais, que, esbravejando,
Entre altas serras surdamente rolam...
Ou talvez, em países apartados,
Fitem seus olhos uma cena antiga:
Tarde de outono. Uma tristeza imensa
Por tudo. A um lado, à sombra deleitosa
Das tamareiras, meio adormecido,
Fuma um árabe. A fonte rumoreja
Perto. À cabeça o cântaro repleto,
Com as mãos morenas suspendendo a saia,
Uma mulher afasta-se, cantando...
E o árabe dorme numa densa nuvem
De fumo... E o canto perde-se à distância...
E a noite chega, tépida e estrelada...

Certo, bem doce deve ser a cena
Que os seus olhos extáticos ao longe,
Turvos, quebrados, lânguidos, contemplam.
Há pela alcova, entanto, um murmúrio
De vozes. A princípio é um sopro escasso,
Um sussurrar baixinho... Aumenta logo:
É uma prece, um clamor, um coro imenso
De ardentes vozes, de convulsos gritos.
É a voz da Carne, é a voz da Mocidade,
-- Canto vivo de força e de beleza,
Que sobe desse corpo iluminado...

Dizem os braços: "-- Quando o instante doce
Há de chegar, em que a pressão ansiosa
Destes laços de músculos sadios,
Um corpo amado vibrará de gozo? --"

E os seios dizem: "-- Que sedentos lábios,
Que ávidos lábios sorverão o vinho
Rubro, que temos nestas cheias taças?
Para essa boca que esperamos, pulsa
Nestas carnes o sangue, enche estas veias,
E entesa e apruma estes rosados bicos... --"

E a boca: "-- Eu tenho nesta fina concha
Pérolas níveas do mais alto preço,
E corais mais brilhantes e mais puros
Que a rubra selva que de um tírio manto
Cobre o fundo dos mares da Abissínia...
Ardo e suspiro! Como o dia tarda
Em que meus lábios possam ser beijados,
Mais que beijados: possam ser mordidos!--"

Mas, quando, enfim, das regiões descendo
Que, errante, em sonhos percorreu, Satânia
Olha-se, e vê-se nua e, estremecendo,
Veste-se, e aos olhos ávidos do dia
Vela os encantos, -- essa voz declina
Lenta, abafada, trêmula...

Um barulho
De linhos frescos, de brilhantes sedas
Amarrotadas pelas mãos nervosas,
Enche a alcova, derrama-se nos ares...
E, sob as roupas que a sufocam, inda
Por largo tempo, a soluçar se escuta
Num longo choro a entrecortada queixa
Das deslumbrantes carnes escondidas...



Minha eterna amada
Minha paixao asolapada
Inquisidora do meu
pobre coração; No teu
ser eu me perco
fico cego e so penso
em ti; es tu o meu cerco
o meu calcanhar de aquiles
Es minha fraqueza
E a minha fortaleza
Sempre que tou perto de ti
Sinto algo que nunca senti
Quando te afastas apenas o nada
eu sinto Es o meu amor
o meu ardor
Es tu e só o teu ser
Que me dá tudo
Para viver
Contigo sou tudo
Sem ti sou nada

Tão perigoso e insensato
e sublime na verdade.
Delito qual não se realiza sonzinho
e vai se construindo devagarinho.
Se mantem de pequenezas
e possamos fazer dele uma grandeza.`
É ter esperança...
muito além de uma criança.
Progridi o ódio passageiro no coração
e mima sua beleza com um perdão.
Acreditar sempre nele...
porque é o apelo de todas as respostas,
que ele próprio oculta suas perguntas
e formula suas propostas.
É ter o que amar...
e ter o que esperar... haaa o amor!!!


Não se por poesia ou paixão
No valado tudo é encantamento
O céu tem mais azul
As nuvens no firmamento
Formam figuras surrealistas
Com movimento de artista
Donzelas que montam dragões
O que você imagina no céu se forma
Bailado de nuvens
Rio de vapor que sobe para as nascentes
O sol vermelho de brasa
Mergulha por trás da serra
Dourando o pasto verde
A que preguiça
Viro-me na rede
No valado é assim
Vem tempo ruim



Laranja madura
Na beira da estrada
Não está bichada
E não tem marimbondo no pé
Tem inspiração do poema
E transpiração da lida

Minha Rede

Quando no cansaço
Encontro teu colo
Adormeço
Quando eu choro
Encontro teus braços
Envaideço
Quando triste
A tristeza não resiste
Teus balanços
Réus ringir
Aumenta o sono
Esqueço a ternura
Quando tu me abraças
Qual vontade de trabalho passa
Esqueço o que faço
Feliz ventura
Assim,, estou feliz
Es tudo que quis
Minha vida sem cobiça
Só de muita preguiça
Não é indolência.
Ou muito menos, preguiça
É o clima do valado
Que isso atiça
Haaa ....Que preguiça

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